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Letra feia pode não ser desleixo: saiba mais sobre a disgrafia

A disgrafia do desenvolvimento é um transtorno específico de aprendizagem que afeta a forma, fluidez, qualidade e/ou o significado da escrita, e que acomete cerca de 3% a 5% dos escolares. A disgrafia é raramente diagnosticada, o que priva as crianças de diagnóstico e intervenção precoce e as expõe a acusação de desleixo (por não capricharem na letra) e preguiça. A criança disgráfica apresenta um conjunto de características especificas, sendo as principais delas: margens mal feitas ou inexistentes; espaçamento irregular entre linhas e palavras, riscos de má qualidade; substituição de curvas por ângulos; direção da escrita oscilando para cima ou para baixo; omissões e inversões de letras etc. A disgrafia pode ser classificada em:

Disgrafia de linguagem: decorre da alteração simbólica da escrita e é caracterizada por omissão de letras, sílabas e palavras; confusão de letras com som semelhante; confusão de letras com orientação simétrica similar; inversão ou transposição da ordem das sílabas; invenção de palavras; agregação de letras e sílabas; união ou separação indevida de sílabas, palavras ou letras. As principais causas são as dificuldades no processamento sequencial da informação recebida e na sua forma de organização e processamento. As dificuldades de processamento podem ser de origem auditiva ou visual.

Disgrafia motora: não afeta a simbolização da escrita, mas sim a forma das letras e a qualidade da escrita. É caracterizada por alterações na forma e tamanho das letras; espaçamento irregular (na palavra, entre as palavras, entre as linhas); inclinação defeituosa (palavras e linhas); alterações na ligação entre as letras; pressão excessiva na escrita;transtorno da fluidez e do ritmo; alteração na direção das curvaturas; e alterações tônico-posturais da criança.

Como todo o transtorno do neurodesenvolvimento, a disgrafia deve avaliada e tratada por profissionais especializados.


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